Este é, na realidade, um dos assuntos mais polêmicos que existe: fumar, não
fumar, proibir ou liberar as fumaçadas em locais fechados, faz mal à saúde,
não faz, dá prejuízo, não dá, faz parte do charme, não faz, e por aí vai. Toda a
imprensa nacional, escrita e falada, tem trazido bastante matéria sobre o tema.
Não fugindo da atualidade, o Jornal de Piracicaba publica bons artigos a
respeito e raramente deixo de lê-los, pois fui um fumante inveterado em tempos
longínquos e hoje, só com o cheio do cigarro de outras pessoas sinto náuseas
e forte dor de cabeça.
Fugindo totalmente do que estou habituado a escrever neste matutino, vou
aproveitar o momento das discussões para relatar a minha experiência e meu
ponto de vista atual sobre a matéria. Assim, este será uma mistura de estória e
opiniões.
Comecei a fumar, como a maioria dos jovens da minha época, aos 13 anos de
idade. Já desde o início, a tragar (inalar a fumaça do cigarro). Tossia bastante,
tinha tonteiras, vômitos, dores de cabeça, mas tudo passageiro, e mais rápido
do que eu esperava, todo aquele mal-estar desaparecia como por mágica. No
início, fumava um cigarro por dia, depois dois, depois cinco, depois 10 e,
quando adulto, por anos, 40 a 50 unidades por dia.
No início, fumava por curiosidade, depois por prazer e, finalmente, por
necessidade. Depois de um determinado tempo, fuma-se mesmo por
necessidade. Fuma-se por tristeza, por alegria, por pressa, para esperar, para
descansar, para pensar, para raciocinar, para trabalhar, para dormir etc.
Experimentei várias marcas, mas a minha paixão era mesmo o famoso
Continental. Famoso pois era considerado, naquela época, um cigarro que
satisfazia integralmente. Era forte! Autêntico! Puro! , Era, na realidade, tudo
que um bom fumante queria e precisava.
Artigos em Coletânea O vício de fumar Antonio de Oliveira Lobão 1
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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